quinta-feira, 19 de março de 2015

       Evolução ou regressão humana?


No início dos tempos, os Homens comunicavam através de gestos, sinais gravados em pedras e sinais de fumo. Era uma comunicação eficiente, porém, demorada, que precisava de algum tempo para se obter a resposta esperada.
Com a evolução humana, obtivemos duas das maiores heranças que nossos ancestrais poderiam ter nos deixado: a capacidade de se comunicar através da escrita e da fala.







A partir desta evolução, o homem aprimorou sua comunicação e estreitou seus relacionamentos, conseguindo desta maneira, expressar sentimentos de maneira mais “humana”.
Começaram a existir várias maneiras de entrar em contacto com as pessoas como por exemplo, cartas, telegrafo e até o telefone. Essa evolução do processo de comunicação ajudou o Homem com os problemas das distâncias que passaram a não ter importância.
Mas como o processo de evolução é contínuo, a evolução trouxe-nos também a Internet e o e-mail. Ferramentas fantásticas que diminuíram ainda mais as distâncias e agilizou a comunicação entre as pessoas, não importando se estão separadas por milhares de quilómetros ou até mesmo por oceanos.
Problemas que antes eram resolvidos através de visitas e reuniões passaram a ser resolvidos através de troca de e-mails ou pelo Skype.
Para aquelas pessoas sem tempo, a Internet trouxe a facilidade de estudar em casa através do ensino à distância. Toda essa evolução trouxe sem dúvidas inúmeros benefícios à sociedade além dos já citados anteriormente. Mas como tudo na vida possui dois lados, esta evolução nos trouxe pontos positivos e pontos negativos.






Com o surgimento do e-mail e da Internet, os relacionamentos limitaram-se a uma tela de computador, não existe mais aquela conversa olho no olho, o contacto com o outro ser humano, um simples aperto de mão.
A nossa sociedade está a isolar-se cada vez mais dentro de suas casas e relacionando-se pelos computadores. Os colegas de trabalho desejam feliz aniversário através de trocas de e-mails. 
Tanto a sociedade quanto as organizações precisam encontrar um meio de equilibrar o uso destas ferramentas fantásticas de comunicação sem perder o contacto humano para desta maneira, conseguir atingir seus objectivos de maneira saudável.




Nuno Ferreira







quarta-feira, 18 de março de 2015

Dia Mundial dos Direitos do Consumidor



               O dia mundial dos direitos do consumidor celebra-se a 15 de março, tendo sido celebrado a primeira vez em 1983.
               Todos os cidadãos, independentemente da situação económica ou condição social, têm direitos enquanto consumidores. É importante atribuir valor aos consumidores, reconhecendo os enganos a que por vezes estão sujeitos por parte dos fornecedores e as condições dos produtos fornecidos. É necessário preservar os direitos do consumidor porque a atividade de consumir passou a ser um dos pontos centrais da existência humana quando o "querer", o "desejar", "ansiar por" passou a sustentar a economia mundial.
               Em Portugal, existe a DECO, conhecida como a associação portuguesa para a defesa do consumidor e tem como objetivo a defesa dos direitos e legítimos interesses dos consumidores. A DECO desenvolve várias atividades como prestar informação ao consumidor sobre os produtos e serviços existentes no mercado e também realiza campanhas informativas sobre as questões mais permanentes. Tudo isto se torna fundamental para alertar o consumidor, não só de possíveis enganos mas também dos seus direitos.
               Os direitos do consumidor podem agrupar-se da seguinte forma: direito à proteção da saúde e segurança; direito à qualidade dos bens e serviços; direito à proteção de interesses económicos; direito à prevenção e reparação de prejuízos; direito à formação e educação para o consumo; direito à informação para o consumo; direito à representação e consulta; direito à proteção jurídica e a uma justiça acessível.
               É então importante termos presente a noção de que existem instituições capazes de nos ajudar e informar de todas as dúvidas que possam surgir. 


Gabriela Henriques

terça-feira, 17 de março de 2015

"Justiça para o Bubu"



http://www.ptjornal.com/clipping/2015/03/10/simba-o-cao-abatido-sera-desta-que-defendemos-os-direitos-dos-animais.html


Infelizmente também os animais são vítimas de uma sociedade violenta, "Em Portugal a lei mudou, precisamos de justiça para o Bubu, para as centenas de animais que sofrem nas mãos da crueldade do homem, de pessoas de má índole que são autorizadas a possuir armas em casa, a disparar sobre outros animais e rechear paredes com cabeças de animais mortos".
Depois de ler esta notícia, é impossível ficar indiferente à situação do Simba. O Simba era um cão pacífico que foi morto pelo vizinho a tiro. Por ser um animal indefeso e por mesmo assim continuar a sofrer  nas mãos da sociedade, decidi falar um pouco sobre os maus tratos aos animais.
Em Portugal, a lei que criminaliza os maus tratos aos animais já está em vigor e diz que “quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão". A mesma lei indica que “quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimentação e a prestação de cuidados que lhe são devidos, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias". A meu ver, estas leis são corretas porque podem reduzir o número de pessoas que maltratam os animais e também porque tal como é considerado crime o assassinato de um Homem, também deve ser o dos animais. Afinal... sentem, ouvem, vêem, reproduzem... porque não compará-los a alguém exatamente igual a nós? 
Na Declaração Universal dos Direitos do Animais, podemos encontrar “Todos os animais têm direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem”, por isso mesmo, devemos proporcionar-lhes o melhor que conseguirmos e não lhes tirarmos o direito à vida.
Assim, os animais são seres vivos. Seres vivos que têm o direito a uma vida saudável, confortável e segura, que merecem ser amados e respeitados.

“Chegará o dia em que todo o homem conhecerá o íntimo de um animal. E neste dia, todo o crime contra o animal será um crime contra a humanidade.”  Leonardo da Vinci

Marta Rodrigues

sábado, 14 de março de 2015

Uma Relação Promissora

Richard Swedberg

Como diz Richard Swedberg, os fenómenos económicos influenciam a sociedade, e esta influência os fenómenos económicos.
Swedberg acrescenta também que a economia, pode, por exemplo, influenciar a arte ou a religião, e vice-versa. Portanto, quando há análise de fenómenos sociais focando-se apenas no ponto de vista económico pode ocorrer um erro. Assim sendo, podemos afirmar que as Ciências Sociais andam de “mãos dadas com as Ciências Económicas.

É portanto promissora a relação entre a economia e a sociologia, e é também importante para o sociólogo o conhecimento económico devido a esta relação entre as duas ciências.
Uma sociologia totalmente separada do conhecimento económico provoca o desaparecimento do interesse social, caso que vai contra o propósito da ciência, sendo assim, a economia inclui-se totalmente no objeto de estudo da sociologia.

 
Portanto, a proximidade das Ciência Económicas com a Sociologia faz com que a Economia seja uma forte aliada à Sociologia, para a compreensão dos problemas sociais atuais. Há também uma grande importância por parte da sociologia em relação à economia para o entendimento e compreensão de questões económicas.

Sendo assim, podemos dizer que:

“Economia, frequentemente, não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo.” Henry Ford.

Márcia Araújo12ºD

quarta-feira, 11 de março de 2015

A questão polémica da eutanásia


Eutanásia: Brittany Mynard morreu no dia que escolheu

Brittany Maynard, de 29 anos, morreu no dia que escolheu. Tinha anunciado que cometeria suicídio assistido a 1 de Novembro para evitar o sofrimento de uma morte lenta provocada pelo cancro no cérebro. "Hoje foi o dia que escolhi para morrer com dignidade", diz a mensagem que deixou e que foi divulgada, assim como a notícia da sua morte, no domingo.

Público, 3 de novembro de 2014

A eutanásia é um tema polémico que divide a população e, recentemente, voltou a ser falado com o caso de Brittany Mynard. Aqueles que concordam afirmam que é uma forma de evitar sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, custa manter vivo um paciente sem hipótese de voltar a ter uma vida normal e cada pessoa tem o direito de escolher quando quer morrer. Por outro lado, quem discorda afirma que é uma violação do direito à vida pois só o "Criador a pode tirar", a legalização da eutanásia pode resultar na morte de pessoas sem o seu consentimento e o diagnóstico médico pode estar errado e como consequência existirão mortes precoces. 
Porém, acho que devemos reflectir e não criticar ou julgar quem o fez ou pretende fazer. Pensemos então, e se hoje estivesses bem de saúde e de repente ficasses preso a uma cama, sem te mexeres, dependente de alguém para tudo, a sofrer e fazer sofrer? E se tens uma doença terminal que vai acabando contigo aos poucos e causando-te uma dor insuportável? Estás farto de exames, de idas ao hospital, de morfina, de adiar aquilo que já sabes que vai acontecer.. a morte. E se, infelizmente, tiveste um acidente, ficaste ligado à maquinas e apenas sobrevives com elas?  E aqueles que estão em coma profundo anos a fio, sem esperança, nem resposta de dias melhores? Que farias neste caso? Pedirias a morte? Não seria essa a forma de acabar com algo tão doloroso? Ninguém te dá esperanças, não sabes se o resto dos teus dias será assim. Sofres e não tens mais força para aguentar tamanho sofrimento. Chegas ao teu limite e pedes que não adiem mais a hora, pedes para acabar com tudo aquilo.. Afinal, não há motivo para viver... "Matem-me!" 
Será suicídio? Homicídio? Será isto correcto ou apenas desespero? 

Vir a morte e levar-nos. E não fazermos falta a ninguém. Nem a nós. Que outra vida mais perfeita?
Vergílio Ferreira 

Sara Lopes

Qual a utilidade da pena?

Para que serve a punição de um delito? Qual a sua utilidade para a sociedade e para o indivíduo em questão?

Existem na sociedade várias teorias relativamente à utilidade da pena e à sua finalidade.
Em primeiro lugar, podemos referir as teorias absolutas da pena, estas entendem, que a finalidade da pena é "causar mal ao indivíduo que causou mal" à sociedade e que deve existir uma proporcionalidade entre pena e delito. Um dos defensores desta teoria é Kant, que acredita que o homem é um fim em si mesmo e como tal não deve ser utilizado para qualquer outro fim, o que coloca este filósofo do lado contrário das teorias relativas que crêem na finalidade da pena como um meio de prevenção. Esta prevenção pode ser especial, no sentido em que é aplicada ao indivíduo que cometeu o delito para que ele não o volte a cometer. Segundo, esta teoria, por exemplo, a pena que é aplicada em Portugal serviria como uma escola de reeducação. Pode ser também geral e assim, a pena funciona como um exemplo para que toda a sociedade não venha a cometer delitos, o que leva ao reforço do poder do Estado. Para além destas duas teorias, existem teorias mistas que juntam em si os principais aspectos das anteriores. Para esta "tese" a pena funciona como punição e como prevenção. Existe ainda a teoria agnóstica da pena que nega qualquer valor que me possa ser atribuído. Existem ainda correntes alternativas à pena de prisão - o abolicionismo penal. Repare-se no seguinte exemplo: cinco estudantes moram juntos na mesma casa. A dada altura um dos estudantes atira um objecto contra a televisão partindo-a, para além disso partiu ainda alguns pratos. Como irão reagir os seus colegas de casa? Todos reagem de maneira diferente!
O segundo estudante declara que não consegue mais viver com o primeiro e quer expulsa-lo de casa.
O terceiro estudantes diz que deve ser comprada uma nova televisão e novos pratos e que o primeiro estudante os deve pagar.
O quarto estudante exaltado diz que o colega tem de consultar um psicólogo ou psiquiatra porque tal atitude não é normal.
Finalmente, o quinto e último estudante declara que apesar de todos acharem que se entendiam, alguma coisa deve ter falhado na comunidade formada por eles para que tal tenha sucedido. Propõe assim que todos juntos, os cinco colegas, façam um exame de consciência para analisar o que falhou e corrigir tal falha.
Assim, o exemplo dos "cinco estudantes de Mulswau" pareceu-me uma boa forma de encarar os delitos que ocorrem na nossa sociedade. Não devemos descartar totalmente a pena, mas também não devemos aplica-la como uma fórmula matemática. Devemos então analisar também quais os motivos que levam determinados cidadãos a praticarem delitos e que pontos falham na nossa sociedade para que tal aconteça.

Marta Aurora. 

Masculinizar as Mulheres

Em entrevista ao DN, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, fala das 40 mortes de mulheres às mãos dos maridos. E observa que as penas têm ficado aquém daquilo que a lei permite.


Terminadas as III Jornadas Nacionais contra a Violência Doméstica, Teresa Morais assinala que continua a existir em Portugal uma "desigualdade estrutural entre os homens e as mulheres" e que existe "uma tolerância excessiva" para a violência conjugal, que este ano já levou à morte de 40 mulheres.
A secretária de Estado reconhece que ainda há na PSP e na GNR quem esteja pouco sensível ao tema e lamenta que as penas aplicadas pelos magistrados, geralmente, sejam "baixas".
Já quanto às discriminações no mercado laboral, afirma que "as mulheres têm de provar o dobro para chegar ao mesmo lugar que um homem" e aponta o dedo àquelas que, por não o terem sentido ao longo das suas carreiras, não se solidarizam com as restantes.

fonte: http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4294670




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               Não poderia estar mais de acordo com as afirmações feitas pela secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais .
              Como é possível , no decorrer  do século XXI, em Portugal, que ainda existam desigualdades sociais entre Homens e Mulheres?
            Só neste ano, 40 mulheres foram mortas pelos maridos, questiono-me o porque das penas, serem relativamente leves comparado com os crimes cometidos?
            Neste fator Político-judicial, podemos observar, que há " uma tolerância excessiva", uma falta de coerência e de sensibilidade por parte de alguns órgãos jurídicos. Mas este é só um dos muitos fatores  onde infelizmente a nossa sociedade não age, não se "comporta" da forma mais coerente, em relação a este fenómeno que é a violência doméstica.

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            Podemos constatar, que as mulheres lutaram e continuam a lutar para serem reconhecidas e terem a mesma igualdade de direitos  que os homens, a nível profissional  e de carreira, a mulher tem de batalhar muito mais para ser reconhecida no seu meio, mesmo sendo, ela, melhor trabalhadora , mais eficiente do que ele, continua a ser mais provável dar lugares de chefia aos homens do que ás mulheres.
            Tal facto faz nos verificar que, mesmo com o passar de todos  estes anos, a mentalidade e os   valores de alguns homens não mudam. E com eles estão enraizados os fatores culturais, como a ideologia de que o homem tem de sustentar a família e não aceita o facto de depender da mulher. E é deste argumento, que derivam a maior parte dos casos de violência doméstica.
            Assim sendo, conclui-se que de facto existe uma "desigualdade estrutural" na nossa sociedade no que diz respeito à situação dos homens e das mulheres. Combater esta desigualdade passa por alterar mentalidades e essa alteração tem de passar pela educação, deve ocorrer desde o inicio da vida do individuo.

" Uma mulher é apedrejada pela ação que poderia ter sido praticada por um homem perfeito"
- Carmem  Sylva 




Sara Gabriela Henriques 
12ºD / nº12

quinta-feira, 5 de março de 2015

Uma questão de privacidade

Até onde estaria disposto a ser vigiado por entidades governamentais para sua própria segurança? Aludir à "linha que separa" é tentador, mas remete para confusões Às quais não queremos dar, aqui, lugar.
Aceitar que a nossa rua seja vigiada por câmaras de segurança ou por policiamento dar-nos-à, com certeza, um estado de segurança e a garantia de não-invasão do nosso espaço familiar e e social por malfeitores. No entanto, todos os nossos passos, bem como os de familiares e amigos que se deslocam ao nosso domicílio seriam absolutamente controlados. O facto de o meu amigo Joaquim vir lanchar a minha casa não é um assunto público mas vai, ainda assim, ser alvo de desconfiança e verificação.
Mas a vigilância pode ir muito para além da sua dimensão presencial. Hoje em dia, assistimos com regularidade a escândalos que envolvem escutas telefónicas. Muito embora eu não tenha nada a esconder, não seria confortável para mim que houvesse um agente da autoridade que, com a intenção de detectar comportamentos irregulares, me ouvisse todas as conversas telefónicas. Até porque todos nós temos segredos - mais ou menos "importantes" - que não é suposto serem escrutinados. A minha vida pessoal e profissional é um não-assunto, seguramente.
Fazendo, desde já, a antecipação de uma estreia cinematográfica, cuja direcção compete ao sobejamente conhecido actor George Clooney, "Hack Attack" é um filme que nos leva aos meandros dos abusos da vigilância das entidades públicas. Refira-se que se trata de um filme baseado em factos reais e recentes, e a investigação realizada resultou na condenação de alguns prevaricadores. Surge, então, uma outra questão: onde se separa (sem linha!) a vida privada da vida pública das figuras mais mediáticas da sociedade? E, pior do que isso, não terão essas pessoas, nas suas vidas, figuras "não-públicas"? Porque teria eu, por exemplo, de aparecer numa foto de uma qualquer revista cor-de-rosa apenas por estar acompanhado do meu amigo Cristiano Ronaldo ?1

Penso que o importante é que cada uma de nós reflita sobre até que ponto é que se quer "protegido" sem ser "invadido", com a noção de que não existe um menú à la carte. Eu confesso que, feito e relido este texto, cheguei a um beco sem saída, pois não consigo traçar um limite que seja digno na separação destas duas realidades. O equilíbrio seria o ideal mas parece, de facto, algo impossível nos dias que correm.






Nuno Santos