Os sistemas
socias produzem e reproduzem um conjunto de desigualdades sociais estruturando-se
através das classes sociais.
Segundo
o famoso sociólogo francês Pierre Bourdieu a posição que ocupamos no espaço
social define-se através dos capitais que possuímos. Para Pierre Bourdieu os
grandes princípios de diferenciação social residem no capital económico e no
capital cultural, não desfazendo todos os outros capitais.
O
capital económico, aquele que nos permite a aquisição de bens e serviços, é um
grande princípio de diferenciação social pois quem o possui consegue, com maior
facilidade, oferecer aos seus filhos todos os meios para facilitar a
aprendizagem e evolução dos mesmos como por exemplo, a oportunidade para
estudar nas melhores escolas, a possibilidade de fazer viagens que são bastante
enriquecedoras a nível cultural, a aquisição de computadores e outras
tecnologias, que automaticamente irá traduzir-se na acumulação de capital
cultural em geral. Ao passo que, as classes socias que não são detentoras
deste capital não poderão usufruir das mesmas "regalias" e portanto sentirão uma
maior distância face à “sociedade do conhecimento” em que vivemos onde as
oportunidades de êxito pessoal e profissional tendem a aumentar em função de
factores como a capacidade de adaptação a novos contactos, flexibilidade e
polivalência no trabalho, o domínios das TIC e de línguas estrangeiras, entre
outos.
Com isto podemos concluir que o
capital atrai capital consequentemente e a falta de recursos continuará a
acarretar, por acumulação, a escassez de recursos se nas próximas gerações nada
se fizer para travar este tipo de desigualdades que constituem um problema para
a sociedade “desenvolvida” em que vivemos.
Tânia Pedrosa
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