sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Nas sombras




O mundo foi recentemente "invadido" por uma história romântica ou erótica (ou talvez as duas coisas) que, de certa forma, tem vindo a fazer a sociedade refletir sobre certos assuntos. O livro retrata a relação de duas pessoas, em que a mulher é jovem e inocente e o homem, poderoso e dominador exerce poder total sobre ela. Muita gente se questiona se se trata de uma história erótica ou simplesmente violência doméstica. Penso que não podemos falar de violência doméstica porque, de certa forma, ao longo do filme, a submissa (termo utilizado na relação sadomasoquista) demonstra diversas vezes vontade de ser dominada embora com momentos de hesitação.



Porém, por amor as pessoas tendem a fazer muita coisa que, se não estivessem apaixonadas, não fariam e questiono-me:  Será este o caso? Será que Anastacia aceitou ser dominada apenas para agradar ao seu amor, apenas para que ele a aceitasse? Será que aceitou passar por tamanhos sofrimentos apenas para estar presa a ele e usufruir de pequenos momentos de carinho? E será que vale a pena ir contra as nossas vontades para agradar a alguém?
Na minha opinião, nunca uma história assim poderá ser comparada a episódios de violência doméstica. O sadomasoquismo é algo que acontece em relações amorosas, consentido por ambos e é uma forma de obter prazer como todas as outras, embora a maioria das pessoas não pense assim. 
Uma outra temática inquietante é culparem o livro/o filme pela ignorância das pessoas. Será correto dizer que veio influenciar e mudar mentalidades? Sim, talvez mas não sei até que ponto será para melhor. E ninguém é obrigado a experimentar algo deste género, com algemas, cintos ou chicotes porque sabemos que magoa e não somos todos iguais. Para uma pessoa, a dor pode ser simplesmente dor e a outra pessoa pode causar excitação. 



Porém, coloca-se uma questão:
Até que ponto pode haver violência e humilhação numa história de amor?

Sara Raquel Lopes

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

“Capital atrai capital, assim como a escassez de recursos acarreta maior escassez de recursos.”







Os sistemas socias produzem e reproduzem um conjunto de desigualdades sociais estruturando-se através das classes sociais.

Segundo o famoso sociólogo francês Pierre Bourdieu a posição que ocupamos no espaço social define-se através dos capitais que possuímos. Para Pierre Bourdieu os grandes princípios de diferenciação social residem no capital económico e no capital cultural, não desfazendo todos os outros capitais.

O capital económico, aquele que nos permite a aquisição de bens e serviços, é um grande princípio de diferenciação social pois quem o possui consegue, com maior facilidade, oferecer aos seus filhos todos os meios para facilitar a aprendizagem e evolução dos mesmos como por exemplo, a oportunidade para estudar nas melhores escolas, a possibilidade de fazer viagens que são bastante enriquecedoras a nível cultural, a aquisição de computadores e outras tecnologias, que automaticamente irá traduzir-se na acumulação de capital cultural em geral. Ao passo que, as classes socias que não são detentoras deste capital não poderão usufruir das mesmas "regalias" e portanto sentirão uma maior distância face à “sociedade do conhecimento” em que vivemos onde as oportunidades de êxito pessoal e profissional tendem a aumentar em função de factores como a capacidade de adaptação a novos contactos, flexibilidade e polivalência no trabalho, o domínios das TIC e de línguas estrangeiras, entre outos.

            Com isto podemos concluir que o capital atrai capital consequentemente e a falta de recursos continuará a acarretar, por acumulação, a escassez de recursos se nas próximas gerações nada se fizer para travar este tipo de desigualdades que constituem um problema para a sociedade “desenvolvida” em que vivemos.



Tânia Pedrosa

"Pena de morte: Em vigor em mais de 50 países"


A pena de morte é um processo pelo qual uma pessoa é morta pelo estado como punição por um crime por ela cometido.
A maioria dos países  aboliu a pena de morte, mas de acordo com a Amnistia Internacional, hoje 58 países mantêm a punição para crimes comuns como homicídios, violação, adultério, homossexualidade ou não seguir a religião oficial.
Quem defende que a pena de morte seja aplicada acredita que ela possa diminuir a criminalidade. Mas será essa a realidade? 
Várias organizações de direitos humanos defendem que não existem provas de que a pena de morte reduza a criminalidade. Estudos realizados nos Estados Unidos da América e no Canadá, em 2004, em nada apoiam essa crença. Ao invés de tornar a sociedade mais segura, a pena de morte serve apenas para legitimar o uso da força pelo estado e continuar o ciclo da violência. 
Será ou não legitimo a aplicação da pena de morte?
Todos os dias diversas pessoas enfrentam a execução, quer sejam culpados ou inocentes, por um sistema de justiça que opta pela retribuição em vez da reabilitação. Na minha opinião, é uma forma de punição violenta que não deveria ter lugar no sistema de justiça atual. Tendo em conta que o sistema de justiça está sujeito ao erro, o risco de se executar uma pessoa inocente é possível e este tipo de erro não é reversível. Este tipo de pena é uma violação dos direitos humanos pois cada pessoa tem o direito à vida e "Ninguém deverá ser submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes".
A pena de morte é um sintoma de uma cultura de violência, não uma solução para a mesma. É uma afronta à dignidade humana e sem dúvida que deveria ser abolida em todos os países.



Exposição "Máquinas da tortura", Alfândega do Porto.


Marta Rodrigues

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

          D. João V, o Magnânimo


D. João V




  D. João V foi o retrato do Absolutismo em Portugal. As toneladas de ouro que lhe chegaram do Brasil trouxeram-lhe uma enorme riqueza, tanto a ele como ao país. Riqueza essa nunca antes vista em Portugal e que lhe permitiu o seu principal símbolo: o Convento de Mafra. 

  Nascido a 22 de Outubro de 1689, em Lisboa, filho do rei Pedro II e da rainha Maria Sofia, tinha como cognome " O Magnânimo", em virtude de sua generosidade. 

  Baseando-se no modelo do rei Luís XIV de França, governou Portugal seguindo a monarquia absolutista. Porém, introduziu no seu reino o seu próprio modelo: Absolutismo
 Joanino, modelo esse com característica próprias de D. João V.
  
  


Luís XIV

 
 No regime absolutista, o topo da sociedade era o rei. Era nele que se concentravam todos os poderes, legislativo, judicial e executivo, pois o seu poder era de origem divina e o rei era representante de Deus na Terra. O poder real conjugava quatro características básicas:
  • Era sagrado, porque o poder foi-lhe dado por Deus e ninguém o pode contestar;
  • Era paternal, pois o rei devia proteger o povo e as suas necessidades;
  • Era absoluto, pois o poder era concentrado numa só pessoa, o rei;
  • Estava submetido à razão; 

 A sociedade estava dividida em grupos sociais: Clero, Nobreza e Terceiro Estado (povo), sendo o Clero e a Nobreza grupos privilegiados e o 
Terceiro Estado não privilegiado. Estes grupos estavam divididos também interiormente, como Baixo e Alto Clero, a Nobreza de Espada e a Nobreza de Toga, e ainda o Terceiro Estado que era o grupo mais heterogéneo, que abrangia membros que podiam aspirar a cargos mais elevados e até chegar ao enobrecimento, a burguesia, e membros que viviam na miséria, o povo.
  










Nuno Ferreira nº 9 12º D








segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Canibalismo

Canibalismo
A palavra “canibal” tem origem no idioma ''arawan'', o qual era falado por uma tribo da América do Sul que realizava a prática do canibalismo.
O canibalismo caracteriza-se pelo consumo de partes do corpo de um indivíduo da mesma espécie. Existem evidências de que o canibalismo já esteve presente na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e Antilhas.
Ao longo da história, as causas mais comuns que levaram à prática do canibalismo foram os rituais e as crenças místicas indígenas. Em algumas tribos acreditava-se que quando o indivíduo comia a carne de outro, ele recebia toda a sua força e poder. Por esse motivo, os astecas sacrificavam e comiam os guerreiros prisioneiros de guerra de outras tribos para assim possuir suas habilidades. Existem poucos casos de canibalismo na sociedade moderna. Um deles ocorreu em 1972, após um acidente envolvendo um avião da Força Aérea do Uruguai, que transportava a Seleção de Rúgbi do país. O avião despenhou na Cordilheira dos Andes e apenas 16 pessoas se salvaram. Após serem salvas, confessaram que tiveram que comer o corpo dos que haviam morrido, para assim sobreviver. Além dos casos desse caráter, existem aqueles considerados patológicos ao extremo, como no caso do alemão Fritz Harmann, em 1924; do russo Andrei Chikatilo, nas décadas de 80 e 90; e do também alemão Armin Meiwes em 2002. 
No ponto de vista geral, o canibalismo é considerado crime de mutilação e profanação de cadáver. Na visão da sociedade, é um ato repugnante, imoral e de desrespeito ao ser humano.





Dalila Martinho