terça-feira, 2 de junho de 2015

O impacto do futebol na sociedade atual




Quando o futebol foi criado, em Inglaterra, com a formação da Football Association, ninguém imaginava que o impacto deste jogo, aparentemente simples, pudesse mover multidões, como se verifica hoje em dia.

O apoio ao clube do coração é levado, por muitos adeptos (eu incluído), de uma forma quase religiosa. Tal como ir à missa, ao domingo, apelar à misericórdia de Deus, os adeptos não perdem a oportunidade de gritar, de peito aberto, pelo seu clube, na esperança de obter a alegria que, muitas vezes, a vida teima em não oferecer. Embora a comparação pareça demasiado radical, o meu clube é, para mim, efectivamente, uma religião (mas sem extremismos!). A minha paixão pelo "glorioso" é algo que farei questão de, um dia, ensinar aos meus filhos.

Apesar de admitir que o  meu amor ao meu Benfica chega a ser doentio, não posso concordar com muitas das coisas que se passam no espaço "extra jogo". O desrespeito entre adeptos de clubes diferentes é algo de tão ridículo que não consigo, sinceramente, perceber. A violência é, na minha opinião, sempre injustificável, mas no futebol ainda mais. O futebol deveria ser encarado com paixão, com respeito, com devoção. Mas esta devoção não deve, nem pode implicar práticas de violência, como as que se verificam com alguma frequência, em Portugal como noutros países. Cite-se, a título de exemplo, o episódio triste que ocorreu na Grécia, num confronto entre AEK e Olympiakos, com os adeptos do AEK a invadirem o relvado e a agredirem os jogadores adversários. Com isto, o Governo grego decretou que os jogos se realizariam À porta fechada, o que, na minha opinião, retira completamente a magia a este desporto.

 A solução, para mim, deveria ser punir, severamente, os responsáveis para que tal aconteça. Mas, infelizmente, todos sabemos como a justiça (não) funciona no nosso país.

Porém, o futebol proporciona, igualmente, momentos de alegria. A festa dos adeptos, homens, mulheres e crianças- quando ocorre em condições normais- é algo de extraordinários de se ver. Um excelente exemplo disso foi a festa do bicampeonato do meu clube, que levou ao Marquês de Pombal cerca de 200 000 pessoas! 200 000 pessoas que exaltaram a sua alegria, que gritaram, choraram, cantaram. É a alegria no seu expoente máximo, é a demonstração daquilo que podem provocar 11 homens a correrem atrás de uma bola. É por isto que é o desporto rei, é por isto que o futebol é uma paixão, pata mim como para milhões de pessoas pelo mundo fora.


Resta-me esperar, como adepto do futebol-pelo-futebol, que as situações negativas que se verificam diminuam significativamente, para que o desporto e a paixão dos adeptos saia valorizada. O desporto rei merece os melhores adeptos!


Nuno Santos

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