Mass media e o culto à beleza do corpo
A busca incessante pela imagem e pelo corpo perfeito é uma
realidade presente nas nossas sociedades.
A
prática do “culto do corpo” coloca-se hoje como preocupação geral, que
atravessa todos os setores, classes socias e faixas etárias. Alcançar o “ideal
de beleza” virou uma corrida contra o tempo e leva à utilização de múltiplos
recursos para alcançar tal objetivo, mesmo que o resultado provoque problemas
na saúde do indivíduo tais como problemas psicológicos, transtornos alimentares
e situações de dismorfia corporal.
O marketing e os mass media são hoje a maneira mais abrangente e mais eficiente de
formar e transformar sociedades e acaba por
contribuir bastante na influência que é exercida sobre as pessoas (neste
contexto) ao criarem o protótipo de beleza e exaltando-o constantemente
acabando quase por nos obrigar a seguir os seus ideais de beleza e a ter
atitudes patéticas na ânsia de alcançar a perfeição. Estudos revelam que nunca
as pessoas gastaram tanto dinheiro com cosméticos, vestuário, tempo nos salões
de beleza e com cirurgias plásticas como hoje e, ainda assim, continuam
insatisfeitas consigo próprias. A questão é: devemos obedecer à risca os
padrões que são impostos pela media?
É evidente que devemos ter preocupação e cuidados
com o nosso corpo nomeadamente por uma questão de saúde, no entanto, os cuidados
com o corpo devem sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós a mesmos o
que muitas vezes não acontece e acaba por atingir formas intensas e ditatoriais
pela obsessão na busca insaciável da “perfeição”.
Não existe um padrão de perfeição estética no
mundo no qual nos devamos encaixar, a virtude estará sempre no equilíbrio.
Tânia Pedrosa