quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Do instinto à razão...


     Ao longo dos tempos o Homem foi evoluindo, para tal passou por várias etapas. Inicialmente, quando ainda mantinha uma elevada afinidade com os animais (Homo Habilis) predominavam os instintos, contudo ao longo da sua caminhada, as sensações e emoções passaram a ter um papel fundamental não deixando de parte todos os instintos.
     O instinto é algo inato ao ser vivo, ou seja algo que não controlamos, pode ainda ser classificado como um tipo de inteligência no seu grau mais primitivo. Os instintos são típicos do comportamento animal, sobretudo quando estão ligados à sobrevivência da espécie. Já o Homem age pela influência de processos cognitivos (pensamento).
     À medida que a nossa experiência de vida aumenta vamos adquirindo alguns instintos, pois ao sermos confrontados com determinadas situações a resposta é imediata.
     O instinto motiva-nos a agir quando necessário, contudo enquanto animais racionais devemos pensar antes de atuar, pois quem não o faz pode cometer atos incorrigíveis .
     O instinto pode ser convertido em inteligência quando conseguimos fazer algo pela nossa própria vontade e não pelos impulsos.
     Segundo Sigmund Freud o ser humano procede de acordo com o principio do prazer, ou seja quando atuamos baseados apenas nos impulsos e colocamos de lado a razão, como por exemplo, no caso de um predador sexual que ataca a sua "presa" apenas porque sente uma atração e vai em busca da sua satisfação pessoal.
     Em suma, vivemos numa sociedade que distancia o Homem do animal, contudo eles podem ser igualados pois ambos conseguem agir sem pensar.


                                                                                          Cátia Miranda

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A tecnologia- será imprescindível ?




Como diria Christian Lous Lange, historiador norueguês, " a tecnologia é um servo útil, mas um mestre perigoso ", dado que o seu uso nos trará grandes possibilidades, mas o seu domínio sobre nós seria a nossa destruição.
Neste momento, torna-se importante perceber se a tecnologia é imprescindível (não confundir com irrevogável ...) ou não à sobrevivência humana. Num sentido físico, se tirarmos daqui a ideia que lhe é inerente, o conforto ( não me contenho em fazer pensar os meus leitores do que seria perfurar um dente que não fosse com uma broca eléctrica mas uma que dependesse do pedal da máquina artesanal do dentista - acrescente-se que a anestesia é uma criação muito recente) poderemos ver-nos capazes de sobreviver à sua ausência. Porém, seria infindável uma listagem de todos os referenciais tecnológicos na área da medicina que convivem diariamente connosco, que evitam danos maiores na área do diagnóstico e que viabilizam a existência de um futuro mais "a longo prazo".
Como ser intelectual que somos, rebelarmo-nos contra as tecnologias por aqueles efeitos maléficos que possamos ver nelas seria o mesmo que renegarmos a energia eléctrica tendo em consideração a existência da cadeira eléctrica. O que é pernicioso, na realidade, é o uso que podemos dar a estas fontes. A título singelo, citemos o filme "Transcendente", em que o Homem dentro do computador ambiciona o infinito. A máquina tem recursos ilimitados. O Homem tem ambição desmedida (entenda-se que a teoria do filme é muito interessante; do filme em si, ocorrem-me adjectivos antónimos...) .
Apesar dos perigos das tecnologias, melhor dizendo, do uso inadequado das tecnologias, abdicar da sua utilidade básica seria uma infantilidade. Apresentemos uma situação específica: o e-mail. Porquê regressarmos à necessidade de cartas do correio com prazos alargados de recepção para situações tão simples como um pedido de informação que se exija por escrito? Qual o intuito e os benefícios de não querer ter informação geral, constante e imediata abdicando da internet?
Saindo da área do bom-senso e senso-comum, tenhamos como referência um artigo cientifico presente na revista Times que indicava que num inquérito feito a jovens entre os 15 e os 18 anos, ficou patente que os resultados escolares eram proporcionalmente melhores entre aqueles que recorriam as tecnologias ( em 75% dos casos ) para organização do seu estudo, independentemente da sua classe social.
Incerto de ter convencido quem não pensa como eu, sinto-me, eu próprio, mais convencido de que não quero abdicar das benesses da tecnologia. Não deixo de imaginar (e de lamentar!) quantas vivências amorosas as gerações anteriores deixaram de experiênciar pela falta do recurso ao telemóvel, principalmente na sua componente sms, mesmo que algumas sejam enviadas aos destinatários errados e se descubram os affairs ( todo o beneficio traz um risco! ).


Nuno Santos

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Serão os animais seres racionais?


Muitas pessoas continuam a subestimar as habilidades cognitivas de outras espécies. Mas será que é assim tão grande a distância que divide a espécie humana dos outros animais? Pois, a ciência tem tido um papel fundamental, esta tem vindo a demonstrar que não.  

O que se entende por racionalidade? Bem, se a entendermos como uma capacidade de tomar decisões a partir de pensamentos lógicos, podemos dizer que existem de facto animais que podem ser considerados seres racionais.

Observa os seguintes acontecimentos:     

   - Kanzi um bonobo ( parente de um chimpanzé) desde sempre que cresceu aprendendo a linguagem humana, já lá vão cerca de 400 palavras e até já consegue formar frases apontando para uma série de símbolos a partir de uma espécie de glossário; 
   - Segundo Bekoff , cães podem ser tão racionais que chegam a fazer planos para o futuro e elefantes ficam de luto após a morte de um parente ou amigo; 
  ­ - Um estudo recente  na Universidade de Goethe , na Alemanha, diz que corvos são animais capazes de se reconhecer ao espelho.

        Conclui-se assim após estes acontecimentos que afinal de contas não somos apenas nós, a espécie humana a única espécie racional.


E tu, continuas com a mesma opinião?





 




                                                                                                                Márcia Freitas 12ºD



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mistério sociológico




Podemos definir a Sociologia como o estudo científico das sociedades humanas e dos fatos sociais ou como uma forma específica e cientifica baseada no conhecimento sobre o mundo e a realidade social. No meu ponto de vista, o conhecimento sociológico é das formas de conhecimento mais importantes, pois pretende responder a uma pergunta deveras importante para a humanidade “O que é o homem/ser humano?”.
Ora bem, já dizia Gilberto Freire: “Sem um fim social o saber será a maior das futilidades”, na minha interpretação esta afirmação de Freire significa que todo o saber, todo o conhecimento deve ter como finalidade ser útil para a sociedade, isto é, o que importa a descoberta de algo novo se não irá ser importante para o ser humano? se não irá ajudar a “desvendar” a questão acima apresentada pelo sociólogo? Segundo Freire, não importará absolutamente nada, e eu não poderia estar mais de acordo. Quer dizer, na minha opinião podemos nunca vir a descobrir o que é o homem/ser humano, mas a cada descoberta, se esta tiver um fim social, estaremos cada vez mais perto da resposta. É óbvio que nunca irá haver uma resposta certa, pois o comportamento humano não é algo que possamos prever, as suas reacções variam de pessoa para pessoa, mas talvez possamos vir a entender e perceber o que o leva a agir de certa maneira perante certas situações.

Concluindo, podemos assim dizer que a sociologia tem como seu laboratório o planeta Terra, sendo nós, seres humanos, as suas cobaias, e tem como grande finalidade descobrir um dos maiores “segredos” da humanidade. Afinal, será que tu sabes... o que é o Homem?

Márcia Araújo